segunda-feira, 28 de julho de 2008

O QUE É PARALISIA CEREBRAL

Paralisia cerebral (PC) é uma lesão de alguma(s) parte(s) do cérebro. Esta lesão acontece durante a gestação, durante o parto ou após o nascimento; ainda no processo de amadurecimento do cérebro da criança. É uma lesão provocada, muitas vezes, pela falta de oxigenação das células cerebrais .
Como acontece a lesão?
Ø Principais causas antes do nascimento:
v Ameaça de aborto, choque direto no abdômen da mãe;
v Exposição ao raio X nos primeiros meses de gravidez ;
v Incompatibilidade entre Rh da mãe e do pai ;
v Infecções contraídas pela mãe durante a gravidez (rubéola , sífilis, toxicoplasmose );
v Mãe portadora de diabetes ou com toxemia de gravidez;
v Pressão alta da gestante.
Ø Principais causas durante o parto :
v Falta de oxigênio ao nascer(o bebê demora a respirar, lesando parte(s) do cérebro ;
v Lesão causada por partos difíceis, principalmente os dos fetos muito grandes de mães pequenas ou muito jovens (a cabeça do bebê pode ser muito comprimida durante a passagem pelo canal vaginal);
v Trabalho de parto demorado;
v Mau uso do Fórceps, manobras obstétricas violentas;
v Bebês que nascem prematuramente (antes dos 9 meses e pesando menos de 2 quilos ) têm mais chances de apresentar paralisia cerebral.
Ø Principais causas depois do nascimento:
v Febre prolongada e muito alta;
v Convulsões;
v Desidratação com perda significativa de líquidos;
v Infecções cerebrais causadas por meningite ou encefalite;
v Ferimento ou traumatismo na cabeça;
v Falta de oxigênio por afogamento ou outras causas;
v Envenenamento por gás, por chumbo (utilizado no esmalte cerâmico, nos pesticidas agrícolas ou outros venenos ) ;
v Sarampo;
v Traumatismo crânio-encefálico até os três anos de idade.
COMO LIDAR COM PESSOAS
PORTADORAS DE PARALISIA CEREBRAL:
Pessoas com paralisia cerebral podem ter dificuldades para andar, podem fazer movimentos involuntários com pernas e braços e podem apresentar dificuldades ao se expressarem. Não se intimide com isso, pois são pessoas comuns como você. Geralmente, elas têm inteligência normal ou, às vezes, até acima da média.
Se a pessoa tiver dificuldade na fala e você não compreender imediatamente o que ela está dizendo, peça para que repita quantas vezes for necessário. Pessoas com dificuldades desse tipo não se incomodam de repetir, se necessário, para que se façam entender. Lembre-se que elas têm necessidades específicas devidas às suas diferenças individuais.
Saiba mais:
· É muito importante respeitar o ritmo do portador de paralisia cerebral, pois usualmente ele é mais vagaroso no que faz, como andar, falar, pegar as coisas, etc.
· Devemos ter paciência ao ouvi-lo, pois a maioria tem dificuldade na fala. Há pessoas que confundem esta dificuldade e o ritmo lento com deficiência mental. Isso é errado.
· Não devemos tratar o portador de paralisia cerebral como uma criança ou um incapaz. Essas pessoas são capazes de fazer coisas incríveis. Até mesmo de jogar futebol.
Veja:
· Lembre-se que o portador de paralisia cerebral não é um portador de doença grave ou contagiosa. A paralisia cerebral é fruto da lesão cerebral, ocasionada antes, durante ou após o nascimento, causando desordem sobre os controles dos músculos do corpo. Portanto, não é doença e tão pouco transmissível. É uma situação.
· Trate a pessoa com deficiência com a mesma consideração e respeito que você trata as demais pessoas.
· Não se espante caso esteja conversando com um portador de paralisia cerebral, e de repente, ele se assustar com uma simples batida de palmas por uma pessoa qualquer. Pois, essa deficiência gera em alguns de seus portadores, hiper-reflexia, fazendo com que eles se assustem com o menor ruído que vem a acontecer.
· Muita gente pensa que portadores de paralisia cerebral são paralíticos, com isso não dão conta de andar. Mas, muitos desses deficientes andam, precisando apenas de um apoio de seus acompanhantes.

· Homens e mulheres portadores de paralisia cerebral podem ter filhos como qualquer outra pessoa. As características dos óvulos e dos espermatozóides, bem como a estrutura dos órgãos reprodutores não são afetados pela lesão cerebral. Portanto, podem manter relações sexuais normalmente, como uma pessoa qualquer.
PREVENIR É IMPORTANTE Muitos casos de paralisia cerebral podem ser evitados através de campanhas educativas, visando os futuros pais e os profissionais que lidam com a gestante, a parturiente e o bebê. É importante a presença de um médico pediatra (neo-natologista) na sala de parto. Antes de pensar em ter filhos, o casal deve passar por exames médicos para detectar a possibilidade de problemas hereditários e a incompatibilidade sangüínea. Ao engravidar, a mulher deve ir periodicamente ao médico procurar alimentar-se bem, evitar o álcool, o fumo e não tomar remédios sem consultar o médico.Também, vacinar o bebê e evitar qualquer situação de risco, é essencial para uma saúde perfeita.

Fonte do texto : http://www.gleisinho.palestras.nom.br/Paralisia.htm

Eu tive paralisia cerebral por falta de oxigenação, e sou muito feliz portanto nunca desanimen

Lucas Dantas
lucasrdantas@gmail.com

segunda-feira, 21 de julho de 2008

SUGESTÕES

Olha abri este post pois. Quero sugestões sobre qual assunto vocês querem saber. Sugiram, contem suas histórias, Vamos fazer um mundo melhor sei que é meio utópico.MAIS É NECESSARIO

Lucas dantas
lucasrdantas@gmail.com

segunda-feira, 14 de julho de 2008

NO ONIBUS

Quarta passada tomei um onibus, subi pelo elevador olhei tinha apenas um ferro para prender cadeiras de rodas. Mas eu uso andador onibus lotado, E só uma mãe com criança de colo me ofereceu lugar não peguei, Fui de pé meia hora APENAS. Diante disso prefiro não alongar esse post, Mas só concluindo: só ajuda quem um dia preciso.

Lucas Dantas

lucasrdantas@gmail.com

segunda-feira, 7 de julho de 2008

UM TEXTO INTERESSANTE

NA PRACINHA COM LUISA

- O que ela tem?- Não tem nada. Ela é assim.Passados poucos segundos, a menina curiosa começou a brincar com a Luísa na areia como se no mundo não houvesse paralisia cerebral.Desde então, toda vez que alguém me pede para ficar explicando a deficiência da minha filha, dou uma resposta bem simplificada. A não ser, é claro, em circunstâncias específicas, oportunas. Para essas eu tenho até PowerPoint.Naquele dia, na pracinha perto de casa, disse àquela criança, nas entrelinhas. "Você quer brincar com alguém diferente de você? Se sim, ótimo, seja bem-vinda. Senão, paciência.”A gente tem que entender de genética para brincar com alguém com a cor de pele diferente da nossa? E se a pessoa gosta de namorar com pessoas do mesmo sexo que ela? Vou ter que entender de psicologia comportamental ou de sei-lá-o-quê? E se ela descende de uma comunidade ou etnia muito diferente da minha? Vou ter que estudar história, antropologia e geografia antes de interagir com ela?- Você não tem o seu jeito?, eu disse. Então. Esse é o jeito dela.A garotinha compreendeu rapidamente aquilo que é tão difícil para muitos adultos.Toda vez que eu contratava alguma ajudante lá para casa, vinham aqueles olhos amedrontados suscitando que não iriam dar conta da Luísa. Uma semana depois, Luísa já tinha uma segunda mãe.Os olhares de estranhamento dos vizinhos, ao passar de alguns meses, tornavam-se receptivos. E vinham comentários do tipo:- Nossa, mas ela tá evoluindo tanto. Tô impressionada!E eu pensava cá com os meus neurônios: “Ela não evoluiu tanto assim, você é que se acostumou com ela e agora consegue vê-la.”É verdade, a deficiência grita na frente. Antes que a pessoa por trás dela chegue. A gente vê a deficiência, de cara, e não consegue enxergar mais nada.Por isso, tirando alguns dias em que estou realmente de mau humor, não nutro sentimentos negativos em relação a essas pessoas. Não as vejo como discriminadoras ou preconceituosas. Apenas reagem ao que é diferente da maioria.- Que problema ela tem?- No momento, nenhum. Está tudo bem.Problema é aquilo que tem solução. Deficiência é deficiência. Enquanto não houver o domínio das células-tronco ou de alguma outra tecnologia, não tem como “consertá-la”. Ora, o que não tem solução não é problema.Problema é trazer minha filha à pracinha perto da nossa casa e não ter um brinquedo onde ela possa brincar. Problema é querer comprar uma cadeira de rodas bonita, prática, leve e funcional e não encontrar uma assim no Brasil. Problema é querer adaptar Luísa ao computador e não ter um teclado nacional que seja adequado para quem tem dificuldade motora. Problema é querer passear com ela nas redondezas e não ter uma calçada sem buracos que não torne o nosso passeio um ato perigoso.Há muitos outros problemas que precisam ser solucionados. Com a minha filha está tudo bem. Ela tem uma saúde ótima, um emocional tranqüilo, é bem-educada e cheia de vida. Agora, não posso dizer o mesmo do país onde ela vive.Hoje tenho trauma de pracinha. Só de olhar para aqueles brinquedos, sinto um mal-estar.

Escrito por Cristiane Soares

Lucas Dantas
lucasrdantas@gmail.com