segunda-feira, 11 de agosto de 2008

DESCASO

DESCASO

Venho utilizar esse espaço para cobrar direitos, pois sou acadêmico de direito pela Fundação e também deficiente físico.
Venho falar da declinação, pois me recuso a chamar de rampa, que existe na esquina da Rua Maranhão c/ a Sampaio Vidal. Não precisa ser deficiente ou idoso para ter dificuldades de subir ali. A lei 10,098/00, é tácita e clara em Art. 3º, quando diz que o planejamento das vias públicas devem ter acesso aos deficientes. Esse “protótipo” mal feito de rampa é um desrespeito com a população, vale lembrar ainda que rampas deveriam obedecer o padrão ABNT. Onde está a solução? Chamo a atenção para isso, pois ninguém cobra do poder executivo, e se forem me dadas mais oportunidades vou cobrar sim. Não faço oposição nem posição só exerço minha cidadania, você exerce a sua? Ou estamos esperando um idoso ou um caderante cair e bater a cabeça ou até algo pior, por não termos uma rampa bem feita. A lei é para todos e deve ser cumprida, caso contrário viveremos numa anarquia. O ponto que quero mostrar é que a inclusão se faz necessária, mas a cabeça da sociedade é fechada ainda para este assunto. Infelizmente necessitamos utilizar da coerção que o direito nos permite para poder impor o que é legal e consequentemente legitimado. Se existe um diploma legal o mesmo tem que ser cumprido, não adianta apenas termos efetividade sem eficácia, Outro problema que é verificado na cidade é de que não existem lugares reservados para portadores de deficiência no Teatro Municipal, sendo que o mesmo existe no Teatro do Sesi. Fico me perguntando a lei existe! Porque não é cumprida pelo Agente Público? Toda pessoa quando nasce obtém direitos, contrai deveres, esses direitos tem de ser cobrados, pois se os mesmos não forem nunca vai se mudar a situação, não adianta reclamar de um problema sem tentar muda-lo sem fazer mudar. A partir deste artigo gostaria que o leitor tomasse conhecimento e fosse atrás do que lhe é permitido, o Direito está amparando as causas justas e legais por isso não se deve ter medo de cobrar o que é justo. Para finalizar espero a situação da Rua Maranhão seja resolvida, espero também que sejam providenciados lugares reservados no Teatro Municipal de Marília.

Este artigo veicula amanha no jornal Diario de Marilia, e é de minha autoria

Lucas Dantas
lucasrdantas@gmail.com

Um comentário:

CIDA NUNES disse...

oi lucas.. aproveitando seu gancho, com esse artigo, venho reclamar tambem.. e como eu reclamo, não??? rsrsr
pois é.. no bairro onde moro, jardim brasil, e claro, em praticamente todos os bairros de são paulo, não dá pra andar com a cadeira de rodas na calçada.. só na rua mesmo.. porque?? ora meus amigos.. buracos, degraus, passeios tortos... sou obrigada a arriscar minha vida e da minha filha na rua mesmo.. claro que muitos motoristas tomam cuidado com a gente.. e a gente tenta ficar no cantinho.. mas nem sempre dá.. o cantinho muitas vezes é inclinado, a rua parece uma meia bola e se vc não quizer tombar pro lado, tem de andar mais pro meio... e pra quem a gente reclama? será que é pro bispo?? tadinho dele.. rsrsr
pois é.. leis existem, mas não são cumpridas.. e isso é em todos os lugares.. sinceramente, as vezes penso que é melhor ficar dentro de casa do que tentar sair com minha filha pra dar uma simples voltinha no quarteirão!!!
aí, muitas pessoas me cobram não sair tanto com ela.. sempre digo: está a vontade.. saia vc e depois me conte como foi!!!
então, lucas... pra quem a gente cobra???
adorei o artigo.. abraços pra vc!!!