quarta-feira, 31 de dezembro de 2008
BALANÇO GERAL
Lucas Dantas
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quinta-feira, 25 de dezembro de 2008
FOI DADA A LARGADA
quinta-feira, 18 de dezembro de 2008
SEXUALIDADE E DEFICIENCIA 2
Por Fabiano PuhlmannPsicoterapeuta especializado em sexualidade humana Transcrito do Jornal Terra Azul n.º 36, abril a junho/2005, publicado pela Instituição Beneficente Nosso Lar – Editora e Distribuidora Terra Azul
Fonte: http://www.forumespirita.net/fe/index.php?topic=2226.0
Lucas Dantas
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segunda-feira, 8 de dezembro de 2008
SEXUALIDADE E DEFICIÊNCIA
Lucas Dantas
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terça-feira, 25 de novembro de 2008
EXEMPLO AVON
A Avon contrata pessoas com deficiência desde 1972Segunda, 22.10.2007, 04:34pm (GMT-2)
Esse fato dispensa a promoção de treinamentos de conscientização do pessoal para receber os colegas com deficiência. No entanto, a empresa toma outras providências importantes com o objetivo de garantir a comunicação, a circulação e a segurança também para esses empregados, de acordo com suas necessidades.Entre as providências pode ser citada a adoção do uso de camisas com manga cor de laranja pelos que apresentam deficiência auditiva e trabalham na fábrica, de modo que sejam identificados pelos condutores de máquinas e carros de grande porte. Também para os funcionários com essa deficiência, uma equipe especializada faz a tradução por meio da Linguagem Brasileira de Sinais nos grande eventos da organização.Segundo os responsáveis pela contratação dos funcionários da Avon, a grande missão do departamento de recursos humanos é mapear, dentro da empresa, as oportunidades para o deficiente, que poderá ser um profissional muito comprometido com os resultados.
www.carreiras.empregos.com.br
Lucas Dantas
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segunda-feira, 17 de novembro de 2008
INCLUSÃO E REALIDADE
Inclusão é ter Educação no ensino regular
Me lembrei ontem, de quando estudava na classe especial, a
Professora criava passeios para a gente como por exemplo nadar num clube. ABSURDO, pois a própria educação nos segregava. Mas eu sempre ‘’dei as caras’’ na sociedade, lembro bem que alguns me olhavam no começo, (quando comecei sai sozinho e com amigos) com cara de ‘’você veio de marte??’’kkkkkkkkkkk. hoje tudo mudou, apenas algumas crianças me olha assim, e quando olham eu brinco ‘’perdeu algo aqui??’’kkkkkkkkkkkkkkkk
Hoje me sinto incluído até brinco com a deficiência falo que vo correndo, beijo do torto, etc. e me sinto normal, quando leio artigos acadêmicos e leio ‘’normais ou deficientes’’ vejo que não é pra mim pois sou normal e deficiente
Lucas Dantas
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domingo, 9 de novembro de 2008
quinta-feira, 30 de outubro de 2008
DEPOIMENTO DE UMA JOVEM COM PC
Escrevi esse texto em forma de questionário, achei que seria mais fácil de entender.1) Quais dificuldades você ainda enfrenta por conta de sua deficiência motora?O grande problema é que as pessoas têm preconceito e confundem dificuldade motora com intelectual (debilidade mental mesmo). A pessoa com paralisia cerebral tem inteligência normal, a não ser que a lesão tenha afetado áreas do cérebro responsáveis pelo pensamento e pela memória, o que não foi o meu caso.2) Você percebe que as pessoas fazem essa confusão?Claro e tenho diversos exemplos. Há pessoas que falam comigo por sinais ou gritam, pensando que sou surda só porque aparento uma deficiência. Outras conversam com meus acompanhantes como se eu não estivesse presente, coisas do tipo:- Ela não gostou da roupa?- O que ela vai comer?- Puxa, deve ser difícil ter uma filha assim.- Nossa, ela sabe ler e escrever!Já outras, são tão atenciosas que dá vontade de rir, dizendo e fazendo coisas do tipo:- Quer que eu te ajude a preencher a ficha?(numa entrevista de emprego, só faltou pegar na minha mão e escrever como se faz nas escolas, rs...)- Menina, sua mãe te deixa sair sozinha? É perigoso, vou te levar pra casa.- Não atravesse a rua sozinha, você pode se machucar.Meus pais sempre souberam que o meu problema era só a coordenação motora. Quando fui pra escola, praticamente todos falaram que eu era uma retardada mental e que deveria ir para escolas especiais. Sempre precisei provar às pessoas que eu era intelectualmente normal e continuo fazendo isso.3) De que maneira lida com essas situações?Bem, eu não digo que tiro todas as situações de letra... Mas estou chegando lá. Na escola, por exemplo, enfrentei vários empecilhos... Como não conseguia falar direito quando eu queria, acabava ficando meio calada. Mas nunca deixei de ter amigos. Um deles sempre me ajudava na hora de copiar a matéria porque em virtude da minha falta de coordenação motora eu não conseguia copiar a tempo o que a professora passava na lousa. Isso me constrangia muito... Pelo fato de pensar que era uma pessoa normal. Chegava até sonhar com momentos em que conseguiria copiar numa boa. O grande problema do deficiente físico é esse. Ele reconhece a própria limitação e fica chateado. Mas meus amigos me ajudaram muito e até hoje eu sinto que devo muito a eles. Sem contar a minha família, que é maravilhosa!4) Como você vê as publicações específicas para pessoas com deficiência?A iniciativa dessas pessoas em querer divulgar ou criar publicações para as pessoas com deficiência é muito boa, porém depende bastante do interesse do deficiente. Eu, particularmente, sempre quis mostrar o que eu penso. Devido à falta de informação técnica e humana, muitas pessoas me julgam de maneira errada. Portanto, é inegável a vantagem que me trazem essas publicações por darem espaço... Conseqüentemente, quanto mais se fala das deficiências melhor. Porém, é preciso que a abordagem seja correta. As pessoas com deficiências não podem ser retratadas como “coitadas”. Daí a importância de matérias sérias. Acho que essas publicações específicas, que são poucas, deveriam ser mais divulgadas, pois o objetivo é esclarecer os outros indivíduos e não apenas informar os deficientes do que eles podem fazer para viver melhor, etc... É interessante porque com essa pergunta eu me toquei que, mesmo sendo deficiente, sempre convivi numa comunidade “normal”... Eu nem sabia que existiam publicações voltadas aos deficientes!5) Quando as coisas ficaram mais fáceis para você?Querendo ou não, a paralisia cerebral me deixou seqüelas com as quais terei de conviver a vida toda. Quando as pessoas viram que meu potencial era grande passaram a me tratar como uma pessoa igual a elas, com a mesma capacidade de todos. Agora, falar sobre isso tudo, por exemplo, é muito bom porque são coisas que eu superei e continuo superando!6) Como foi a sua vida durante a faculdade?Foi uma das melhores fases da minha vida. Não cheguei a sofrer algum tipo de preconceito que me deixasse tão abalada. Claro que sempre tem algumas pessoas que te olham diferente, com mais dificuldade de aceitar uma deficiência. Os professores sempre foram muito legais comigo. Por causa da paralisia cerebral a minha fala é um pouco lenta e ando com um pouco de dificuldade. Mas nunca me deixei abater por isso.7) Você chegou a trabalhar em algum lugar fora da sua área?Nunca atuei em outra profissão. Adoro trabalhar com a química, que é uma área que evolui a cada dia. Vivo fazendo cursos de atualização, pois cada dia tem uma novidade na área. Fiz especialização em Petroquímica. Adorei.Logo que entrei pra faculdade comecei a batalhar muito por um emprego (estágio). Naquela época, o campo de trabalho era bem mais limitado do que é hoje. E o preconceito era e é muito forte, numa área considerada masculina, imagina sendo deficiente...Agora o problema é outro, convencer as pessoas de que “o chefe” sou eu, costumam entrar na minha sala e perguntar: - O chefe vai demorar? E eu respondo, sou eu, o que deseja? rs...8) Você já tentou entrar no mercado de trabalho e não foi aceita por causa da deficiência?Sim, mas isso foi antes de conseguir meu estágio. Fiz vários concursos públicos e passei sempre entre os 3 primeiros lugares. Sempre me reprovavam na conversa com as psicólogas, que diziam que tenho inteligência acima do normal (naqueles testes ridículos, rs...), mas não poderiam dar o emprego porque não conseguiria atender um telefonema (sem nenhum tipo de teste) ou porque não conseguiria ficar muito tempo de pé, etc...Fazia ficha para uma vaga de emprego e nunca era chamada. Percebia que o motivo era a minha deficiência. A desculpa por parte do empregador era sempre a mesma, a de que a vaga já havia sido preenchida. 9) Como você vê a questão da inclusão social das pessoas com deficiência hoje em dia?Acho que a pessoa com deficiência ainda encontra muitas barreiras em seu dia-a-dia. A falta de acessibilidade nas ruas, nas construções civis e nos transportes ainda é freqüente. O fator psicológico também conta muito. Se o deficiente não tiver uma boa base familiar para se apoiar, não chega a lugar algum. A sociedade ainda nos olha com pena, como se fossemos pessoas incapazes.10) O que ainda é preciso ser feito para que todas as pessoas com deficiência sejam incluídas na sociedade?Cabe ao deficiente provar, cada dia, que ele é um ser humano comum com algumas limitações e que precisa de apoio da sociedade e do poder político para criar e cumprir algumas leis que defendam os nossos direitos. As pessoas com deficiência precisam de oportunidades e igualdades de chances para que elas possam levar uma vida normal. Ela não quer pena e sim mostrar a sua capacidade dentro de seu limite. A palavra inclusão é bonita quando dita em algum discurso, mas na prática ela ainda é difícil de ser aplicada.11) O que você mais gosta de fazer?Gosto de ouvir música, ler romances, ficar no computador, navegando pela internet, visitando sites. Gosto de estar por dentro das novidades da minha área. Às vezes também vou ao shopping, cinema, barzinhos.12) Quais são seus planos para o futuro?Trabalhar na minha área que eu adoro, estudar mais e fazer algo para ajudar a melhorar a vida das pessoas com deficiência.13) Você gostaria de deixar alguma mensagem para os nossos leitores?A mensagem que deixo é a seguinte: Cada deficiente tem que lutar pelos seus direitos.Reconhecer limitações, driblar preconceitos e buscar seus objetivos, insistentemente.Só assim vamos juntar as nossas forças para fazer um mundo com menos preconceito.Adoro essa mensagem que recebi de um amigo, embora não saiba o autor dela.“A história tem demonstrado que os mais notáveis vencedores superam obstáculos antes de triunfar. Venceram porque se negaram a ser desencorajados e acreditaram que sonhos se tornam realidade, sem essa possibilidade a natureza não nos permitiria tê-los”
Fonte do texto: http://cidadao-pc.blogspot.com/2007/02/preconceito-ou-falta-de-informao.html
Lucas Dantas
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quarta-feira, 22 de outubro de 2008
DICA
http://porqueheloisa.blogspot.com/
Lucas Dantas
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quarta-feira, 15 de outubro de 2008
UP: INTISTUTO ELDORADO/OFICINA DO FUTURO
Fui procurado por um instituto de campinas, que esta fazendo um belo trabalho de inclusão no mercado de trabalho no qual segue abaixo :
Lucas Dantas
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Eldorado capacita pessoas com deficiência para o mercado de trabalho em TI
O Instituto de Pesquisas Eldorado oferece vagas para pessoas com deficiência interessadas em fazer cursos gratuitos de capacitação profissional: Soluções em TI e Processos de Manufatura, que serão oferecidos pelo programa Oficina do Futuro PcD – A competência faz a diferença.
Os interessados devem ter concluído ou estar cursando o nível médio e pelo menos 18 anos completos em 2008. A primeira turma começou em 15 de setembro. A próxima, para pessoas com deficiência visual e física, terá início em outubro. As aulas acontecem na sede do Instituto de Pesquisas Eldorado, que fica próximo ao campus da Unicamp. Mais informações podem ser obtidas no site www.oficinadofuturo.org.br ou pelo telefone 19 3757-3032 , com Tais Olivieri, das 8 às 17 horas. Os currículos devem ser enviados para tais.olivieri@eldorado.org.br.
A iniciativa faz parte do Oficina do Futuro, que desde 2004 já capacitou mais de 2 mil alunos. O projeto-piloto do Oficina do Futuro PcD – A competência faz a diferença – foi lançado no final de 2007, preparou cerca de 20 pessoas com deficiência para atuarem em empresas das áreas de telecomunicações, informática e manufatura. Até o final do ano, serão mais 60 pessoas com deficiências auditiva, física ou visual serão capacitadas para o mercado de trabalho, viabilizada por uma parceria firmada com uma empresa de TI/Telecom da região.
O principal objetivo é aumentar a quantidade e melhorar a qualidade da capacitação de pessoas com deficiência para que possam aproveitar as oportunidades oferecidas pelo mercado de trabalho nas áreas de telecomunicações, informática e manufatura, destacando-se por sua competência, sendo este seu principal diferencial.
Os alunos do PcD recebem gratuitamente capacitação profissional para trabalhar com mainframe e processos de manufatura. Além do conteúdo técnico, que é igual ao oferecido às pessoas sem deficiência, o programa inclui também etiqueta social e corporativa.
"A opção do Eldorado por implantar o PcD se deveu a dois fatores principais, que poderiam ser compatibilizados: a dificuldade na contratação de mão-de-obra capacitada para cumprir a Lei de Cotas e os 4 anos de reconhecida experiência com grandes programas de capacitação aplicados no Oficina do Futuro para profissionais de diversos níveis, da graduação à pós-graduação, mestrado e doutorado para empresas de TI/Telecom como IBM", afirma Jaylton Ferreira, gerente Executivo de Operações e Tecnologia do Instituto de Pesquisas Eldorado, que identificou em uma pesquisa com as 20 maiores empresas de TI/Telecom da Região Metropolitana de Campinas uma série de dificuldades na contratação de pessoas com deficiência e centrou esforços para a capacitação profissional.
Eldorado
Malu Legaspe
Assessoria de Comunicação
Instituto de Pesquisas Eldorado
marialucia.legaspe@eldorado.org.br
www.eldorado.org.br
Fone: (19) 3757 3067
Fax: (19) 3757 3131
Tais Veríssimo Olivieri
Departamento de Educação
Instituto de Pesquisas Eldorado
Fone (19) 3757.3032
tais.olivieri@eldorado.org.br
www.eldorado.org.br
segunda-feira, 6 de outubro de 2008
UM NOVO BLOG
Após 15 dias volto hoje trazendo novidades, a agenda do blog muda: os posts serão feitos entre segunda e quarta. Recentemente andei pesquisando muito sobre deficientes bem sucedidos , achei uma pessoa muito interessante. Mara gabrilli vereadora de São Paulo. mesmo Tetraplégica ela trabalha, namora, da lição de vida e ainda posou nua. Segue abaixo um link sobre a Mara:
http://vejasaopaulo.abril.com.br/revista/vejasp/edicoes/1994/m0122085.html
também pesquisei muito sobre relacionamento, e achei muita coisa, mas algo me chamou atenção, existe preconceito tanto da familia do deficiente como do não deficiente e ainda como do deficiente em relação a outro deficiente. Segue abaixo um link sobre relacionamento que deram certo:
http://revistacriativa.globo.com/Criativa/0,19125,ETT1059409-2245,00.html
para finalizar gostaria que divulgassem o blog, e outra novidade toda quarta das 16:30 as !7:30 vo ta fazendo conferencia no skype meu usuario é :lucasrdantas ou procurem Lucas Dantas em Marília. espero vocês, ate o fim do ano lançarei também um cd sobre inclusão
Lucas Dantas
lucasrdantas@gmail.comquarta-feira, 24 de setembro de 2008
EM MANUTENÇÃO
Dia 6 de outubro você ganhará um blog mais dinamíco com muito mais informações
Lucas Dantas
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quarta-feira, 17 de setembro de 2008
SEXUALIDADE EM FACE DOS PAIS
O desenvolvimento psicossexual é um processo resultante da interacção do indivíduo com os outros, sobretudo com os pais ou as pessoas significativas que rodeiam e interagem com a criança. Importa referir que a sexualidade não surge, subitamente, na puberdade, mas constituí parte integrante de todos os seres humanos, cujo desenvolvimento é muito determinado pelo modo como a sexualidade e o relacionamento interpessoal em geral são encarados e sentidos pelas pessoas próximas da criança. Note-se que, frequentemente, os pais de filhos portadores de deficiência apresentam uma confusão extrema sobre o comportamento sexual adequado dos seus filhos, para a qual contribuem, muitas vezes, os sentimentos negativos, as expectativas, as representações, os valores e as atitudes em relação aos indivíduos portadores de deficiência (por exemplo, vistos como seres assexuados, impotentes, estéreis ou "depravados sexuais") prevalecentes na comunidade a que os pais pertencem (Loureiro, 1994/95), que os faz negar ou reprimir a evidente sexualidade dos seus filhos.Este contexto social e cultural, onde o estigma da deficiência surge, geralmente, associado "à inferioridade, à incapacidade, ao comportamento social inadequado, à necessidade de ajuda e vigilância permanentes, ao "defeito físico"" (Loureiro, 1994/95, p. 106) é passível de comprometer o papel parental, a sua função educativa e suporte afectivo em relação ao filho, devido à dificuldade em aceitar a sua deficiência. Os pais "manifestam atitudes de tolerância perante a integração, a normalização e o respeito pelos direitos humanos, quando enunciados como princípios gerais" (Félix, 2001, p.20), no entanto, é evidente uma menor aceitação dos mesmos princípios quando relativos ao seu filho portador de deficiência. Ou seja, na maioria dos casos, os pais, face à sexualidade do seu próprio filho, apresentam atitudes superprotectoras e dessexualizadoras. Tal como a sociedade em geral, os pais não se encontram preparados para reconhecer o corpo sexuado do filho portador de deficiência, esperando, por exemplo, "nas raparigas, que a menstruação não venha ou que venha o mais tardiamente possível; surgem atitudes de denegação em relação à masturbação; reforçam comportamentos infantis que visam negar a puberdade e prolongar a criança eterna" (França, 2001, p.2), em que as necessidades sexuais do filho são completamente alienadas.Vários estudos realizados nesta área concluem que, frequentemente, os pais evitam fornecer aos seus filhos qualquer tipo de informação sexual, julgando que, deste modo, é possível evitar ou atenuar o interesse do seu filho pela sexualidade. Por um lado, para além de possuírem conhecimentos muito limitados sobre estes temas, os pais não se consideram preparados para transmitirem conhecimentos aos filhos, apresentando uma notória ansiedade perante os perigos a que os seus filhos se encontram sujeitos nesta área, nomeadamente, a possibilidade de ocorrência de abusos sexuais (Félix, 2002). Por outro, os pais atribuem, com frequência, a si próprios a responsabilidade da deficiência do filho, formulando como possíveis causas a negligência; omissões ocorridas durante a gravidez; conflitos conjugais ou práticas sexuais inadequadas. Veja-se que, quando tal ocorre, é usual a tentativa, através da superproteção exagerada com sobrevalorização das limitações, de impedir a sexualidade do seu filho (Greengross, 1980).Como já referido anteriormente, os pais, geralmente, evitam que os seus filhos portadores de deficiência corram riscos, sendo evidente a superproteção, visando impedir o seu sofrimento físico e psíquico, isso é natural e saudável, pois revela o amor que lhes têm. Porém, não podemos esquecer que eles precisam fazer as suas próprias "experiências" para crescerem, desenvolverem e evoluírem para a adultez, assim, afastando-os do contacto com o grupo de pares, impede-os de terem amigos e de se realizarem afectivamente, não possibilitam que o filho experimente a sexualidade e explore o significado da masculinidade e feminilidade. Parafraseando Greengross (1980), "todo o crescimento emocional envolve uma aprendizagem e compreensão das diferenças entre a fantasia e a realidade e a vontade de viver num mundo real, por muito desagradável que este mundo possa ser" (p. 14).Este notório isolamento, impede-os, simultaneamente, de aprenderem a "dar aos outros o seu amor" (Andrade, s/d) e de o receberem. Por isso, é muito útil providenciar-lhes actividades de recreio e desporto, especialmente na adolescência, para lhes favorecer as relações interpessoais - por exemplo, a integração do jovem deficiente em grupos de jovens pode ser um excelente meio de lhe proporcionar experiências sociais gratificantes e que o ajudam, também, a desenvolver a auto-estima. Contudo se a família tem uma atitude de superprotecção, prejudicam a construção de uma adequada identidade masculina ou feminina, o que irá influenciar o futuro das suas relações psico-sexo-afectivas. Ou seja, não permitirão o desenvolvimento de uma pessoa "completa", com uma boa auto- imagem, auto-estima e autoconfiança, e da aceitação das suas diferenças psico-fisiológicas (Andrade, s/d).Esta excessiva dependência é, na maioria dos casos, em relação à figura materna, sendo notório, muitas vezes, um fraco vínculo à figura paterna. Esta atitude de exclusão do pai pode repercutir-se negativamente no desenvolvimento psicossexual dos seus filhos, dificultando o processo de construção da identidade sexual e dos papéis sexuais (Loureiro, 1994/95).O interesse e o prazer que advém da exploração do seu corpo (especialmente os órgãos genitais) conduzem a criança a sentir curiosidade pelo corpo do Outro e pelas suas diferenças. O aumento do desejo sexual e das sensações eróticas conduz a comportamentos sexuais, tais como a masturbação, jogos sexuais entre jovens do mesmo sexo, beliscões, apalpadelas, trocas de beijos e carícias entre jovens de sexo diferente. Perante estas manifestações, é possível observar diferentes atitudes dos pais (Loureiro, 1994/95):- negação da ocorrência destes comportamentos de natureza sexual;- repressão e redobro do controlo, por receio de eventuais riscos de abuso, exploração sexual ou marginalização social. Estas atitudes de repressão e comentários negativos dos pais podem influenciar o modo como o filho vai viver e expressar a sua sexualidade, gerando sentimentos de culpabilidade e angústia;- displicência perante estes comportamentos, visto não encararem a possibilidade do filho manter, futuramente, uma vida sexual activa;- recorrência à Educação Sexual (á qual nos reportaremos adiante) do filho e à utilização de medidas contraceptivas, através da ajuda de técnicos especializados, para lidar de forma equilibrada com a sexualidade do seu filho.
Segundo Turner (referido por Félix, 2002), a masturbação constitui a manifestação de sexualidade que mais embaraço, angústia e preocupação causa aos pais. No caso dos jovens "ditos normais", os pais, embora conscientes da possibilidade de ocorrência deste comportamento, procuram ignorá-lo e, para tal, garantem ao filho alguma privacidade. No entanto, é notória a necessidade de maior envolvimento parental em todas as actividades dos indivíduos portadores de deficiência, não constituindo a masturbação uma excepção. Esta proximidade (muitas vezes involuntária) com a sexualidade dos filhos é susceptível de aumentar a ansiedade dos pais, principalmente quando estes defendem que é improvável que o seu filho usufrua de uma vida sexual saudável. No entanto, é possível, por exemplo, ensinar os indivíduos portadores de deficiência a limitar os actos de masturbação à privacidade da casa de banho ou do quarto, através de métodos não punitivos, preservando o seu bem-estar físico e psicológico (Greengross, 1980). Neste processo de aprendizagem é fundamental, obviamente, a participação activa dos pais.
Fonte: http://www.profala.com/artpsico30.htm#6
Lucas Dantas
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terça-feira, 9 de setembro de 2008
HISTORICO DE DEFICIENCIA
No Mundo
Século XV – crianças deformadas eram atiradas nos esgotos de Roma;Idade Média - Os portadores de deficiências eram abrigados nas igrejas e passaram a ganhar a função de bobo da corte. Para Martinho Lutero, as pessoas com deficiências sempre eram seres diabólicos que mereciam castigos para serem purificados;Entre séculos XVI e XIX – pessoas com deficiências continuavam isoladas mas ficavam em asilos, conventos e albergues; surgimento do 1º hospital psiquiátrico na Europa que não passavam de prisões sem qualquer tipo de tratamento especializado;Século XX – pessoas com deficiências começaram a ser considerados cidadãos com direitos e deveres de participação na sociedade mas ainda de maneira assistencial – Declaração Universal dos Direitos Humanos.Anos 60 – surgiram os primeiros movimentos organizados por familiares de pessoas com deficiência, com críticas à discriminação; pesquisas e teorias sobre a inclusão e melhoria das condições de vida dos mutilados de guerra avançaram a partir dos anos 70 nos Estados Unidos.Nos anos 80 e 90, declarações e tratados mundiais passam a defender a inclusão.
No Brasil
A integração começou a ser discutida no Brasil a partir de um processo iniciado nos Estados Unidos nos anos 60.
Legislação em Defesa das Pessoas com Deficiências
1978 – A Constituição recebeu a 1º emenda tratando dos direitos das pessoas com deficiências : "É assegurada aos deficientes a melhoria da condição social e econômica, especialmente mediante educação especial e gratuita." 1988 – A Constituição Federal Dispõe sobre as áreas de saúde, assistência, benefícios e acessibilidade.1989 – Edição da Lei nº 7.853, que criou a Coordenadoria Nacional da Pessoa Portadora de Deficiência no âmbito do Ministério da Justiça e estabeleceu os princípios e as diretrizes da Política Nacional da Pessoa Portadora de Deficiência que trata de várias áreas: saúde, educação, formação profissional e trabalho(com estabelecimento de cotas sem especificar percentual), recursos humanos.1991 – Edição da Lei nº 8.213- que prevê a Lei de Benefício da Previdência Social, cujo artigo 93 estabeleceu a cota para empresa com mais de 100 funcionários, variando de 2% a 5% - dependendo do número de funcionários. De 1991 a 1999, apesar da existência da lei, esta não foi cumprida uma vez que não se estabeleceu nesta a competência da responsabilidade de cobrança de seu cumprimento.1999 – Decreto - Lei nº 3.298 (regulamenta a lei nº 7.853) que fortalece as legislações que tratavam sobre os direitos e garantias das pessoas com deficiências. No artigo 36 do Decreto estabeleceu-se que a competência para a inserção das pessoas portadoras de deficiência no mercado de trabalho passaria a ser do Ministério do Trabalho e Emprego.2000 – Lei nº 10.048 – trata das normas e critérios para a promoção da acessibilidade das pessoas com deficiências ou de mobilidade reduzida.
Terminologias Adequadas na Área
Pessoas com Deficiências – é o termo mais recente sugerido como adequado por Romeu Sassaki, que é consultor da área de Inclusão Social; e é o termo utilizado pela gestão de política pública do município de Araraquara para indicar toda e qualquer pessoa com deficiência.
Pessoas Portadoras de Deficiências (PPD): termo utilizado em todas as documentações estaduais e federais e, por este motivo, é o termo empregado por muitas autoridades e pessoas que lidam na área;
Pessoas com Necessidades Especiais (PNE): as pessoas com necessidades especiais, não necessariamente, possuem uma deficiência. Exemplos: pessoas com obesidade, diabetes, talacemia etc, apresentam algumas necessidades especiais mas não apresentam uma deficiência física, visual, auditiva, mental ou múltipla. Portanto, este termo não é considerado adequado para ser utilizado para identificar pessoas com deficiências.
Pessoas com Necessidades Educacionais Especiais: nem todas as pessoas com deficiências necessariamente precisam de metodologia ou recursos educacionais especiais. Portanto, não é um termo adequado para ser utilizado para identificar pessoas com deficiências, de forma geral. O Parâmetro utilizado pela Organização Mundial de saúde (OMS) de 10% da população de países desenvolvidos como sendo pessoas com deficiências.
Total de pessoas com deficiências estimado pela OMS está assim distribuído, no mundo:
Deficiência Mental: 5% da populaçãoDeficiência Física: 2% da populaçãoDeficiência Auditiva: 1,5% da populaçãoDeficiência Múltipla: 1% da populaçãoDeficiência Visual: 0,5% da população
No Brasil, segundo a OMS, estima-se que existem 16,9 milhões de pessoas com deficiências, assim distribuídas:
Censo 2000 - IBGE
Deficiência Mental: 8.479.531Deficiência Física: 3.391.813Deficiência Auditiva: 2.543.859Deficiência Múltipla: 1.695.906Deficiência Visual: 847.953
Lucas Dantas
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terça-feira, 2 de setembro de 2008
PROJETO ONG
QUEM TIVER NESSA BARCA DEIXE SEU EMAIL NO POST
Lucas Dantas
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segunda-feira, 25 de agosto de 2008
DIREITOS DIFUSSOS E COLETIVOS
Lucas Dantas
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segunda-feira, 18 de agosto de 2008
FILOSOFIA COM VERDADE
Lucas Dantas
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segunda-feira, 11 de agosto de 2008
DESCASO
Venho utilizar esse espaço para cobrar direitos, pois sou acadêmico de direito pela Fundação e também deficiente físico.
Venho falar da declinação, pois me recuso a chamar de rampa, que existe na esquina da Rua Maranhão c/ a Sampaio Vidal. Não precisa ser deficiente ou idoso para ter dificuldades de subir ali. A lei 10,098/00, é tácita e clara em Art. 3º, quando diz que o planejamento das vias públicas devem ter acesso aos deficientes. Esse “protótipo” mal feito de rampa é um desrespeito com a população, vale lembrar ainda que rampas deveriam obedecer o padrão ABNT. Onde está a solução? Chamo a atenção para isso, pois ninguém cobra do poder executivo, e se forem me dadas mais oportunidades vou cobrar sim. Não faço oposição nem posição só exerço minha cidadania, você exerce a sua? Ou estamos esperando um idoso ou um caderante cair e bater a cabeça ou até algo pior, por não termos uma rampa bem feita. A lei é para todos e deve ser cumprida, caso contrário viveremos numa anarquia. O ponto que quero mostrar é que a inclusão se faz necessária, mas a cabeça da sociedade é fechada ainda para este assunto. Infelizmente necessitamos utilizar da coerção que o direito nos permite para poder impor o que é legal e consequentemente legitimado. Se existe um diploma legal o mesmo tem que ser cumprido, não adianta apenas termos efetividade sem eficácia, Outro problema que é verificado na cidade é de que não existem lugares reservados para portadores de deficiência no Teatro Municipal, sendo que o mesmo existe no Teatro do Sesi. Fico me perguntando a lei existe! Porque não é cumprida pelo Agente Público? Toda pessoa quando nasce obtém direitos, contrai deveres, esses direitos tem de ser cobrados, pois se os mesmos não forem nunca vai se mudar a situação, não adianta reclamar de um problema sem tentar muda-lo sem fazer mudar. A partir deste artigo gostaria que o leitor tomasse conhecimento e fosse atrás do que lhe é permitido, o Direito está amparando as causas justas e legais por isso não se deve ter medo de cobrar o que é justo. Para finalizar espero a situação da Rua Maranhão seja resolvida, espero também que sejam providenciados lugares reservados no Teatro Municipal de Marília.
Este artigo veicula amanha no jornal Diario de Marilia, e é de minha autoria
Lucas Dantas
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segunda-feira, 4 de agosto de 2008
LEI IMPORTANTE
Lucas Dantas
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segunda-feira, 28 de julho de 2008
O QUE É PARALISIA CEREBRAL
Como acontece a lesão?
Ø Principais causas antes do nascimento:
v Ameaça de aborto, choque direto no abdômen da mãe;
v Exposição ao raio X nos primeiros meses de gravidez ;
v Incompatibilidade entre Rh da mãe e do pai ;
v Infecções contraídas pela mãe durante a gravidez (rubéola , sífilis, toxicoplasmose );
v Mãe portadora de diabetes ou com toxemia de gravidez;
v Pressão alta da gestante.
Ø Principais causas durante o parto :
v Falta de oxigênio ao nascer(o bebê demora a respirar, lesando parte(s) do cérebro ;
v Lesão causada por partos difíceis, principalmente os dos fetos muito grandes de mães pequenas ou muito jovens (a cabeça do bebê pode ser muito comprimida durante a passagem pelo canal vaginal);
v Trabalho de parto demorado;
v Mau uso do Fórceps, manobras obstétricas violentas;
v Bebês que nascem prematuramente (antes dos 9 meses e pesando menos de 2 quilos ) têm mais chances de apresentar paralisia cerebral.
Ø Principais causas depois do nascimento:
v Febre prolongada e muito alta;
v Convulsões;
v Desidratação com perda significativa de líquidos;
v Infecções cerebrais causadas por meningite ou encefalite;
v Ferimento ou traumatismo na cabeça;
v Falta de oxigênio por afogamento ou outras causas;
v Envenenamento por gás, por chumbo (utilizado no esmalte cerâmico, nos pesticidas agrícolas ou outros venenos ) ;
v Sarampo;
v Traumatismo crânio-encefálico até os três anos de idade.
COMO LIDAR COM PESSOAS
PORTADORAS DE PARALISIA CEREBRAL:
Pessoas com paralisia cerebral podem ter dificuldades para andar, podem fazer movimentos involuntários com pernas e braços e podem apresentar dificuldades ao se expressarem. Não se intimide com isso, pois são pessoas comuns como você. Geralmente, elas têm inteligência normal ou, às vezes, até acima da média.
Se a pessoa tiver dificuldade na fala e você não compreender imediatamente o que ela está dizendo, peça para que repita quantas vezes for necessário. Pessoas com dificuldades desse tipo não se incomodam de repetir, se necessário, para que se façam entender. Lembre-se que elas têm necessidades específicas devidas às suas diferenças individuais.
Saiba mais:
· É muito importante respeitar o ritmo do portador de paralisia cerebral, pois usualmente ele é mais vagaroso no que faz, como andar, falar, pegar as coisas, etc.
· Devemos ter paciência ao ouvi-lo, pois a maioria tem dificuldade na fala. Há pessoas que confundem esta dificuldade e o ritmo lento com deficiência mental. Isso é errado.
· Não devemos tratar o portador de paralisia cerebral como uma criança ou um incapaz. Essas pessoas são capazes de fazer coisas incríveis. Até mesmo de jogar futebol.
Veja:
· Lembre-se que o portador de paralisia cerebral não é um portador de doença grave ou contagiosa. A paralisia cerebral é fruto da lesão cerebral, ocasionada antes, durante ou após o nascimento, causando desordem sobre os controles dos músculos do corpo. Portanto, não é doença e tão pouco transmissível. É uma situação.
· Trate a pessoa com deficiência com a mesma consideração e respeito que você trata as demais pessoas.
· Não se espante caso esteja conversando com um portador de paralisia cerebral, e de repente, ele se assustar com uma simples batida de palmas por uma pessoa qualquer. Pois, essa deficiência gera em alguns de seus portadores, hiper-reflexia, fazendo com que eles se assustem com o menor ruído que vem a acontecer.
· Muita gente pensa que portadores de paralisia cerebral são paralíticos, com isso não dão conta de andar. Mas, muitos desses deficientes andam, precisando apenas de um apoio de seus acompanhantes.
· Homens e mulheres portadores de paralisia cerebral podem ter filhos como qualquer outra pessoa. As características dos óvulos e dos espermatozóides, bem como a estrutura dos órgãos reprodutores não são afetados pela lesão cerebral. Portanto, podem manter relações sexuais normalmente, como uma pessoa qualquer.
PREVENIR É IMPORTANTE Muitos casos de paralisia cerebral podem ser evitados através de campanhas educativas, visando os futuros pais e os profissionais que lidam com a gestante, a parturiente e o bebê. É importante a presença de um médico pediatra (neo-natologista) na sala de parto. Antes de pensar em ter filhos, o casal deve passar por exames médicos para detectar a possibilidade de problemas hereditários e a incompatibilidade sangüínea. Ao engravidar, a mulher deve ir periodicamente ao médico procurar alimentar-se bem, evitar o álcool, o fumo e não tomar remédios sem consultar o médico.Também, vacinar o bebê e evitar qualquer situação de risco, é essencial para uma saúde perfeita.
Fonte do texto : http://www.gleisinho.palestras.nom.br/Paralisia.htm
Eu tive paralisia cerebral por falta de oxigenação, e sou muito feliz portanto nunca desanimen
Lucas Dantas
lucasrdantas@gmail.com
segunda-feira, 21 de julho de 2008
SUGESTÕES
Lucas dantas
lucasrdantas@gmail.com
segunda-feira, 14 de julho de 2008
NO ONIBUS
Lucas Dantas
lucasrdantas@gmail.com
segunda-feira, 7 de julho de 2008
UM TEXTO INTERESSANTE
- O que ela tem?- Não tem nada. Ela é assim.Passados poucos segundos, a menina curiosa começou a brincar com a Luísa na areia como se no mundo não houvesse paralisia cerebral.Desde então, toda vez que alguém me pede para ficar explicando a deficiência da minha filha, dou uma resposta bem simplificada. A não ser, é claro, em circunstâncias específicas, oportunas. Para essas eu tenho até PowerPoint.Naquele dia, na pracinha perto de casa, disse àquela criança, nas entrelinhas. "Você quer brincar com alguém diferente de você? Se sim, ótimo, seja bem-vinda. Senão, paciência.”A gente tem que entender de genética para brincar com alguém com a cor de pele diferente da nossa? E se a pessoa gosta de namorar com pessoas do mesmo sexo que ela? Vou ter que entender de psicologia comportamental ou de sei-lá-o-quê? E se ela descende de uma comunidade ou etnia muito diferente da minha? Vou ter que estudar história, antropologia e geografia antes de interagir com ela?- Você não tem o seu jeito?, eu disse. Então. Esse é o jeito dela.A garotinha compreendeu rapidamente aquilo que é tão difícil para muitos adultos.Toda vez que eu contratava alguma ajudante lá para casa, vinham aqueles olhos amedrontados suscitando que não iriam dar conta da Luísa. Uma semana depois, Luísa já tinha uma segunda mãe.Os olhares de estranhamento dos vizinhos, ao passar de alguns meses, tornavam-se receptivos. E vinham comentários do tipo:- Nossa, mas ela tá evoluindo tanto. Tô impressionada!E eu pensava cá com os meus neurônios: “Ela não evoluiu tanto assim, você é que se acostumou com ela e agora consegue vê-la.”É verdade, a deficiência grita na frente. Antes que a pessoa por trás dela chegue. A gente vê a deficiência, de cara, e não consegue enxergar mais nada.Por isso, tirando alguns dias em que estou realmente de mau humor, não nutro sentimentos negativos em relação a essas pessoas. Não as vejo como discriminadoras ou preconceituosas. Apenas reagem ao que é diferente da maioria.- Que problema ela tem?- No momento, nenhum. Está tudo bem.Problema é aquilo que tem solução. Deficiência é deficiência. Enquanto não houver o domínio das células-tronco ou de alguma outra tecnologia, não tem como “consertá-la”. Ora, o que não tem solução não é problema.Problema é trazer minha filha à pracinha perto da nossa casa e não ter um brinquedo onde ela possa brincar. Problema é querer comprar uma cadeira de rodas bonita, prática, leve e funcional e não encontrar uma assim no Brasil. Problema é querer adaptar Luísa ao computador e não ter um teclado nacional que seja adequado para quem tem dificuldade motora. Problema é querer passear com ela nas redondezas e não ter uma calçada sem buracos que não torne o nosso passeio um ato perigoso.Há muitos outros problemas que precisam ser solucionados. Com a minha filha está tudo bem. Ela tem uma saúde ótima, um emocional tranqüilo, é bem-educada e cheia de vida. Agora, não posso dizer o mesmo do país onde ela vive.Hoje tenho trauma de pracinha. Só de olhar para aqueles brinquedos, sinto um mal-estar.
Escrito por Cristiane Soares
Lucas Dantas
lucasrdantas@gmail.com
segunda-feira, 30 de junho de 2008
DO DIREITO AO TRABALHO
Lucas Dantas
lucasrdantas@gmail.com
segunda-feira, 23 de junho de 2008
MATÉRIA OBRIGATORIA
Hoje vejo que falta especialistas na arêa júridica, essa matéria poderia abranger idosos e negros também. Precisamos acordar pois muitos deficientes não estudam, trabalham, etc. Por não conhecerem direitos e ficam isolados em suas casas. VAMOS MUDAR ISSO.
Lucas Dantas
lucasrdantas@gmail.com
segunda-feira, 16 de junho de 2008
QUEM SOU EU
Nasci em caconde interior de SP divisa com MG, por erro medico tive paralisia cerebral, dos 7 aos 9 anos estudei em classe especial sai pois tinha raciocinio muito rapido para ficar ali. Fui para classe normal me dei muito bem fiz varios amigos e prestei vestibular para direito, hoje estou no1º ano tenho 18 anos e moro em Marilia.
Resumidamente essa é minha historia, como acho que nada é por acaso montei esse blog pois quero fazer a diferença.
Lucas Dantas
lucasrdantas@gmail.com
segunda-feira, 9 de junho de 2008
CELULAS TRONCO E SOBRE O BLOG
http://www.portadeacesso.com/artigos_leis/ct/ct_zats_varella.htm
SOBRE O BLOG
O blog vai ter post toda segunda as repostas vão ser enviadas por email dentro de uma semana com cópia no proximo post. O leitor que fizer a pergunta deixe o e-mail no comentario, por quê isso porque vou começar minha iniciação cientifica, e o blog pode apoiar minhas teses. CONTO COM VOCÊS E DIVULGUEM MEU BLOG
Lucas Dantas
lucasrdantas@gmail.com
segunda-feira, 2 de junho de 2008
ESPERANÇA A CHAMA QUE SE REACENDEU
ta na hora de acabar esse preconceito idiota da sociedade, o mercado de trabalho, o estudo etc. Precisam estar abertos a nós e agora com celula tronco será que esse preconceito diminui??
deixo o link de um video interessante de Alexandre Garcia sobre o assunto:
http://video.globo.com/Videos/Player/Noticias/0,,GIM834204-7823-ALEXANDRE+GARCIA+FALA+DA+APROVACAO+DO+USO+DE+CELULASTRONCO+EMBRIONARIAS,00.html
Lucas Dantas
lucasrdantas@gmail.com
NOTA: Julia Argollo deixa o blog por motivos de trabalho
terça-feira, 27 de maio de 2008
SECURIDADE E PREVIDÊNCIA SOCIAL
como o deficiente vai se sustentar no futuro?
primeiro vamos diferenciar deficiente de inválido. invalido é o deficiente que não esta apto ao trabalho ao estudo etc. o mesmo é beneficiario da previdência social ou privada como diz a lei 8213/91 em seu art 16 inciso 1º. lembrando nem todo deficiente é invalido. no caso de previdência privada é interessante verificar o estatuto e tentar enquadrar o seu filho(a) como invalido para garantir uma pensão para manutenção do seu tratamento. apesar do governo fornecer auxilio mas é apenas para carentes.
Lucas Dantas
lucasrdantas@gmail.com
domingo, 18 de maio de 2008
INICIO DA EDUCAÇÃO
de 94 pra cá isso é proibido, uma escola que não aceita alunos deve ser fechada pois não é escola DENUNCIEM AO MINISTERIO PUBLICO
pelo art 5 º da constituição federal '' todos são iguais perante a lei'' deficientes fisicos ou, com retardo leve todas as escolas do brasil são obrigadas a aceitar esses alunos.
encerro aqui;
aceito emails no inclusaopne@gmail.com ou lucasrdantas@gmail.com
Lucas Dantas
terça-feira, 13 de maio de 2008
VAGA DE EMPREGO
A Editora Globo oferece vagas de Atendimento ao Cliente para PNE - 10 vagas
Características da Empresa:Empresa de Comunicação, integrante das Organizações Globo.
Área: Atendimento ao Assinante.
Local: Barra Funda (ao lado do metrô).
Características da VagaCélula: SAC (Serviço de Atendimento ao Cliente) – totalmente receptivo.
Características dos Candidatos Ser PNE Ter conhecimentos intermediários de informática.Fluência na língua portuguesa.Comunicativo, extrovertido e com ótimo relacionamento interpessoal.
Horário de trabalho Manhã: 8:00 às 14:20 hrs.Tarde: 14:20 às 20:40 hrs.De segunda à sexta-feira – R$ 500,00 De segunda à sábado – R$ 600,00.
Benefícios: Registro em carteiraAssistência Médica (Golden Cross)Auxílio Transporte (quantos forem necessários)Seguro de Vida, Auxílio fulnerário, Auxílio creche (R$ 260,00)Assistência Alimentação
CurrículosDeve ser encaminhado para falves@edglobo.com.br ou ligue no 3677-1326 para falar com Fernanda Alves da área de RH da Editora Globo
quarta-feira, 7 de maio de 2008
CONCEITO DE DEFICIÊNCIA
“Deficiência significa uma restrição física, mental ou sensorial, de natureza permanente ou transitória, que limita a capacidade de exercer uma ou mais atividades essenciais da vida diária, causada ou agravada pelo ambiente econômico e social.”
aos interressados a camara dos deputados lançou nova edição da ''Legislação Brasileira Sobre Pessoa Portadora de Deficiência
mais a frente trataremos espeficicamente de cada deficiência
Lucas Dantas
terça-feira, 6 de maio de 2008
APRESENTAÇÃO
A criação deste Blog foi idealizada por Lucas Dantas e Júlia Argollo, ambos estudantes de direito e portadores de deficiência física e visual respectivamente.
Os assuntos que queremos debater incluirão: esporte, cultura, trabalho, direito e eventos em geral.todos os posts serão abertos para comentários, opiniões e correções; além de divulgações que por nós sejam eventualmente esquecidas.
VAMOS LÁ, SEJAM TODOS BEM-VINDOS!!!
Lucas E Júlia