quarta-feira, 24 de setembro de 2008

EM MANUTENÇÃO

Olá pessoal o inclusão entra em manutenção para renovação, criação de novas ideias como por exemplo: debate via skype, a criação de um cd-rom sobre inclusão, entrevistas com especialistas, etc.

Dia 6 de outubro você ganhará um blog mais dinamíco com muito mais informações

Lucas Dantas
lucasrdantas@gmail.com

quarta-feira, 17 de setembro de 2008

SEXUALIDADE EM FACE DOS PAIS

As atitudes das famílias face ao desenvolvimento sexual e afectivo dos seus filhos portadores de deficiência
O desenvolvimento psicossexual é um processo resultante da interacção do indivíduo com os outros, sobretudo com os pais ou as pessoas significativas que rodeiam e interagem com a criança. Importa referir que a sexualidade não surge, subitamente, na puberdade, mas constituí parte integrante de todos os seres humanos, cujo desenvolvimento é muito determinado pelo modo como a sexualidade e o relacionamento interpessoal em geral são encarados e sentidos pelas pessoas próximas da criança. Note-se que, frequentemente, os pais de filhos portadores de deficiência apresentam uma confusão extrema sobre o comportamento sexual adequado dos seus filhos, para a qual contribuem, muitas vezes, os sentimentos negativos, as expectativas, as representações, os valores e as atitudes em relação aos indivíduos portadores de deficiência (por exemplo, vistos como seres assexuados, impotentes, estéreis ou "depravados sexuais") prevalecentes na comunidade a que os pais pertencem (Loureiro, 1994/95), que os faz negar ou reprimir a evidente sexualidade dos seus filhos.Este contexto social e cultural, onde o estigma da deficiência surge, geralmente, associado "à inferioridade, à incapacidade, ao comportamento social inadequado, à necessidade de ajuda e vigilância permanentes, ao "defeito físico"" (Loureiro, 1994/95, p. 106) é passível de comprometer o papel parental, a sua função educativa e suporte afectivo em relação ao filho, devido à dificuldade em aceitar a sua deficiência. Os pais "manifestam atitudes de tolerância perante a integração, a normalização e o respeito pelos direitos humanos, quando enunciados como princípios gerais" (Félix, 2001, p.20), no entanto, é evidente uma menor aceitação dos mesmos princípios quando relativos ao seu filho portador de deficiência. Ou seja, na maioria dos casos, os pais, face à sexualidade do seu próprio filho, apresentam atitudes superprotectoras e dessexualizadoras. Tal como a sociedade em geral, os pais não se encontram preparados para reconhecer o corpo sexuado do filho portador de deficiência, esperando, por exemplo, "nas raparigas, que a menstruação não venha ou que venha o mais tardiamente possível; surgem atitudes de denegação em relação à masturbação; reforçam comportamentos infantis que visam negar a puberdade e prolongar a criança eterna" (França, 2001, p.2), em que as necessidades sexuais do filho são completamente alienadas.Vários estudos realizados nesta área concluem que, frequentemente, os pais evitam fornecer aos seus filhos qualquer tipo de informação sexual, julgando que, deste modo, é possível evitar ou atenuar o interesse do seu filho pela sexualidade. Por um lado, para além de possuírem conhecimentos muito limitados sobre estes temas, os pais não se consideram preparados para transmitirem conhecimentos aos filhos, apresentando uma notória ansiedade perante os perigos a que os seus filhos se encontram sujeitos nesta área, nomeadamente, a possibilidade de ocorrência de abusos sexuais (Félix, 2002). Por outro, os pais atribuem, com frequência, a si próprios a responsabilidade da deficiência do filho, formulando como possíveis causas a negligência; omissões ocorridas durante a gravidez; conflitos conjugais ou práticas sexuais inadequadas. Veja-se que, quando tal ocorre, é usual a tentativa, através da superproteção exagerada com sobrevalorização das limitações, de impedir a sexualidade do seu filho (Greengross, 1980).Como já referido anteriormente, os pais, geralmente, evitam que os seus filhos portadores de deficiência corram riscos, sendo evidente a superproteção, visando impedir o seu sofrimento físico e psíquico, isso é natural e saudável, pois revela o amor que lhes têm. Porém, não podemos esquecer que eles precisam fazer as suas próprias "experiências" para crescerem, desenvolverem e evoluírem para a adultez, assim, afastando-os do contacto com o grupo de pares, impede-os de terem amigos e de se realizarem afectivamente, não possibilitam que o filho experimente a sexualidade e explore o significado da masculinidade e feminilidade. Parafraseando Greengross (1980), "todo o crescimento emocional envolve uma aprendizagem e compreensão das diferenças entre a fantasia e a realidade e a vontade de viver num mundo real, por muito desagradável que este mundo possa ser" (p. 14).Este notório isolamento, impede-os, simultaneamente, de aprenderem a "dar aos outros o seu amor" (Andrade, s/d) e de o receberem. Por isso, é muito útil providenciar-lhes actividades de recreio e desporto, especialmente na adolescência, para lhes favorecer as relações interpessoais - por exemplo, a integração do jovem deficiente em grupos de jovens pode ser um excelente meio de lhe proporcionar experiências sociais gratificantes e que o ajudam, também, a desenvolver a auto-estima. Contudo se a família tem uma atitude de superprotecção, prejudicam a construção de uma adequada identidade masculina ou feminina, o que irá influenciar o futuro das suas relações psico-sexo-afectivas. Ou seja, não permitirão o desenvolvimento de uma pessoa "completa", com uma boa auto- imagem, auto-estima e autoconfiança, e da aceitação das suas diferenças psico-fisiológicas (Andrade, s/d).Esta excessiva dependência é, na maioria dos casos, em relação à figura materna, sendo notório, muitas vezes, um fraco vínculo à figura paterna. Esta atitude de exclusão do pai pode repercutir-se negativamente no desenvolvimento psicossexual dos seus filhos, dificultando o processo de construção da identidade sexual e dos papéis sexuais (Loureiro, 1994/95).O interesse e o prazer que advém da exploração do seu corpo (especialmente os órgãos genitais) conduzem a criança a sentir curiosidade pelo corpo do Outro e pelas suas diferenças. O aumento do desejo sexual e das sensações eróticas conduz a comportamentos sexuais, tais como a masturbação, jogos sexuais entre jovens do mesmo sexo, beliscões, apalpadelas, trocas de beijos e carícias entre jovens de sexo diferente. Perante estas manifestações, é possível observar diferentes atitudes dos pais (Loureiro, 1994/95):- negação da ocorrência destes comportamentos de natureza sexual;- repressão e redobro do controlo, por receio de eventuais riscos de abuso, exploração sexual ou marginalização social. Estas atitudes de repressão e comentários negativos dos pais podem influenciar o modo como o filho vai viver e expressar a sua sexualidade, gerando sentimentos de culpabilidade e angústia;- displicência perante estes comportamentos, visto não encararem a possibilidade do filho manter, futuramente, uma vida sexual activa;- recorrência à Educação Sexual (á qual nos reportaremos adiante) do filho e à utilização de medidas contraceptivas, através da ajuda de técnicos especializados, para lidar de forma equilibrada com a sexualidade do seu filho.
Segundo Turner (referido por Félix, 2002), a masturbação constitui a manifestação de sexualidade que mais embaraço, angústia e preocupação causa aos pais. No caso dos jovens "ditos normais", os pais, embora conscientes da possibilidade de ocorrência deste comportamento, procuram ignorá-lo e, para tal, garantem ao filho alguma privacidade. No entanto, é notória a necessidade de maior envolvimento parental em todas as actividades dos indivíduos portadores de deficiência, não constituindo a masturbação uma excepção. Esta proximidade (muitas vezes involuntária) com a sexualidade dos filhos é susceptível de aumentar a ansiedade dos pais, principalmente quando estes defendem que é improvável que o seu filho usufrua de uma vida sexual saudável. No entanto, é possível, por exemplo, ensinar os indivíduos portadores de deficiência a limitar os actos de masturbação à privacidade da casa de banho ou do quarto, através de métodos não punitivos, preservando o seu bem-estar físico e psicológico (Greengross, 1980). Neste processo de aprendizagem é fundamental, obviamente, a participação activa dos pais.

Fonte: http://www.profala.com/artpsico30.htm#6

Lucas Dantas
lucasrdantas@gmail.com

terça-feira, 9 de setembro de 2008

HISTORICO DE DEFICIENCIA

Abaixo mostrarei a historia da deficiencia:


No Mundo
Século XV – crianças deformadas eram atiradas nos esgotos de Roma;Idade Média - Os portadores de deficiências eram abrigados nas igrejas e passaram a ganhar a função de bobo da corte. Para Martinho Lutero, as pessoas com deficiências sempre eram seres diabólicos que mereciam castigos para serem purificados;Entre séculos XVI e XIX – pessoas com deficiências continuavam isoladas mas ficavam em asilos, conventos e albergues; surgimento do 1º hospital psiquiátrico na Europa que não passavam de prisões sem qualquer tipo de tratamento especializado;Século XX – pessoas com deficiências começaram a ser considerados cidadãos com direitos e deveres de participação na sociedade mas ainda de maneira assistencial – Declaração Universal dos Direitos Humanos.Anos 60 – surgiram os primeiros movimentos organizados por familiares de pessoas com deficiência, com críticas à discriminação; pesquisas e teorias sobre a inclusão e melhoria das condições de vida dos mutilados de guerra avançaram a partir dos anos 70 nos Estados Unidos.Nos anos 80 e 90, declarações e tratados mundiais passam a defender a inclusão.
No Brasil
A integração começou a ser discutida no Brasil a partir de um processo iniciado nos Estados Unidos nos anos 60.
Legislação em Defesa das Pessoas com Deficiências
1978 – A Constituição recebeu a 1º emenda tratando dos direitos das pessoas com deficiências : "É assegurada aos deficientes a melhoria da condição social e econômica, especialmente mediante educação especial e gratuita." 1988 – A Constituição Federal Dispõe sobre as áreas de saúde, assistência, benefícios e acessibilidade.1989 – Edição da Lei nº 7.853, que criou a Coordenadoria Nacional da Pessoa Portadora de Deficiência no âmbito do Ministério da Justiça e estabeleceu os princípios e as diretrizes da Política Nacional da Pessoa Portadora de Deficiência que trata de várias áreas: saúde, educação, formação profissional e trabalho(com estabelecimento de cotas sem especificar percentual), recursos humanos.1991 – Edição da Lei nº 8.213- que prevê a Lei de Benefício da Previdência Social, cujo artigo 93 estabeleceu a cota para empresa com mais de 100 funcionários, variando de 2% a 5% - dependendo do número de funcionários. De 1991 a 1999, apesar da existência da lei, esta não foi cumprida uma vez que não se estabeleceu nesta a competência da responsabilidade de cobrança de seu cumprimento.1999 – Decreto - Lei nº 3.298 (regulamenta a lei nº 7.853) que fortalece as legislações que tratavam sobre os direitos e garantias das pessoas com deficiências. No artigo 36 do Decreto estabeleceu-se que a competência para a inserção das pessoas portadoras de deficiência no mercado de trabalho passaria a ser do Ministério do Trabalho e Emprego.2000 – Lei nº 10.048 – trata das normas e critérios para a promoção da acessibilidade das pessoas com deficiências ou de mobilidade reduzida.
Terminologias Adequadas na Área
Pessoas com Deficiências – é o termo mais recente sugerido como adequado por Romeu Sassaki, que é consultor da área de Inclusão Social; e é o termo utilizado pela gestão de política pública do município de Araraquara para indicar toda e qualquer pessoa com deficiência.
Pessoas Portadoras de Deficiências (PPD): termo utilizado em todas as documentações estaduais e federais e, por este motivo, é o termo empregado por muitas autoridades e pessoas que lidam na área;
Pessoas com Necessidades Especiais (PNE): as pessoas com necessidades especiais, não necessariamente, possuem uma deficiência. Exemplos: pessoas com obesidade, diabetes, talacemia etc, apresentam algumas necessidades especiais mas não apresentam uma deficiência física, visual, auditiva, mental ou múltipla. Portanto, este termo não é considerado adequado para ser utilizado para identificar pessoas com deficiências.
Pessoas com Necessidades Educacionais Especiais: nem todas as pessoas com deficiências necessariamente precisam de metodologia ou recursos educacionais especiais. Portanto, não é um termo adequado para ser utilizado para identificar pessoas com deficiências, de forma geral. O Parâmetro utilizado pela Organização Mundial de saúde (OMS) de 10% da população de países desenvolvidos como sendo pessoas com deficiências.
Total de pessoas com deficiências estimado pela OMS está assim distribuído, no mundo:
Deficiência Mental: 5% da populaçãoDeficiência Física: 2% da populaçãoDeficiência Auditiva: 1,5% da populaçãoDeficiência Múltipla: 1% da populaçãoDeficiência Visual: 0,5% da população
No Brasil, segundo a OMS, estima-se que existem 16,9 milhões de pessoas com deficiências, assim distribuídas:
Censo 2000 - IBGE
Deficiência Mental: 8.479.531Deficiência Física: 3.391.813Deficiência Auditiva: 2.543.859Deficiência Múltipla: 1.695.906Deficiência Visual: 847.953

Lucas Dantas
lucasrdantas@gmail.com

terça-feira, 2 de setembro de 2008

PROJETO ONG

Semana passada falei sobre uma ONG, vou explicar como funcionaria. Juntariamos um grupo com PNE, pais, e gente de bem que julgue nossa causa justa. Vamos nos juntar ligar no Ministerio Publico, fazer o sentimento de direito brotar e melhorar a vida de quem realmente precisa.
QUEM TIVER NESSA BARCA DEIXE SEU EMAIL NO POST

Lucas Dantas
lucasrdantas@gmail.com